Tenho feito minhas tiradas de tarô pessoais, no sentido de
ter uma carta regente, nos festivais pagãos que eu comemoro e que adaptei para
a minha espiritualidade pautada na mitologia grega. Uma carta dos arcanos
maiores.
A carta que eu tirei no solstício de verão foi A Imperatriz.
Usei o Shadowscapes tarot e acho que essa Imperatriz é uma das mais lindas já
criadas. Se perceber no desenho, dela saem borboletas. A fertilidade da
transformação.
Nos últimos dias, porém, ela tem se mostrado como A Grande
Mãe. Não no sentido de Gaia, mas no sentido de mãe mesmo, que cuida e nutre.
Eu não tenho filhos. Então essa faceta se mostra de outras
maneiras. Por exemplo: há cerca de uma semana, todos os dias, alguém me procura
para um conselho, para desabafar infortúnios, aplacar ansiedades, contar
novidades, pedir ajuda. Todos os dias de noite, antes de dormir. E eu tenho
conversado com essas pessoas – amigos, claro – pacientemente, todos os dias.
Não me dá sono, nem irritação, nem cansaço. Apenas é como um realizar. Um ofício
de vida. Algo que é assim e ponto. E que eu faço com alegria.
Eu tenho A Imperatriz como regente numérica de data de nascimento.
Fico pensando que ela tem manifestado sua energia realmente como algo bem
orgânico nesse período.
Hoje eu pensei que falta uma pessoa a dar atenção nessa
história toda: eu mesma. Apesar de realmente estar curtindo o momento, tem esse
lado que falta, o de cuidar de mim, algo que deu uma desequilibrada nos últimos
dias, apesar do meu esforço.
Ainda tenho um tempo até 2 de fevereiro em companhia dessa
energia tão intensa. Sabendo mirar no que realmente interessa, acredito que
chegarei lá com uma experiência muito rica!